Precisei um dia, de respirar,
talvez mais que deveria.
Uma sensação grogue
que adorei e, me deixou a
caminhar de forma estranha.
Num outro mundo, perto,
disforme, paralelo e pouco rígido,
cheio de personalidades inanimadas que,
apesar de tudo se movimentam, ali...
Talvez alucine sem o saber.
Talvez ultrapasse este mundo,
de vez em quando, por uns segundos.
Cada segundo, preenche o meu tempo.
O meu tempo real transforma-se,
numa medição cronométrica do sonho.
Segundos que se tornam dias.
Envelheço devagar, assim.
O pior de tudo, é que não quero acordar.
Se é que isso seja negativo, quero envelhecer.
Trocar de boa vontade o sentido da vida.
Viver dentro dos sonhos,
sonhar dentro da vida.
Misturar-me em mim mesmo,
como quem mistura um cocktail de álcool,
com mérdas tão mortíferas, que me fazem sentir bem.
Cores, sabores e sentidos diferentes...
Tudo sem um respirar básico, tudo diferente.
Respirar é uma perda de tempo,
apenas alimenta o compasso mecânico,
onde todas as peças do meu corpo,
se sentem bem só pelo movimento.
Sei que sou uma invenção evoluída
a um exponencial incrível, louco,
mas acima de tudo, ainda desconhecido.
Respirar para quê?
Perder o meu tempo sem razão aparente.
Preciso descansar todo o corpo mecânico e,
preciso partir, para onde o tempo não existe.
14DEZEMBRO2013
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