domingo, 21 de abril de 2013

O ECO DO BAIRRO



O eco dos meus passos...
As ruas sao tao estreitas,
pelo som, por mim e pela noite.
Os candeeiros, sao forjados
um metal velho resistente a idade.
A luz e nostalgica, leve e adocicada.
E o eco, soa. A cada passo.
Este bairro velho, encanta-me,
como todos os bairros velhos.
Sao anciaos de pedra viva.
Sao testemunhas do tempo,
que ainda vejo, e de outro...
Um tempo que leio, que imagino,
que revivo em teatro interno,
que me informa do passado.
A calcada, apenas gasta,
resiste ao tempo, a erosao.
A erosao, os passos que foram...
Os passos que sao o meu eco.
Tantos que ainda sao e serao,
os velhos, os novos e as criancas.
As fachadas estao resignadas,
sofrem de impaciencia cronica,
e da desilusao na falta de respeito.
E o eco... os meus passos falam.
Ecoam, para manter viva a historia,
para manter o som da memoria,
nestas ruas estreitas e nostalgicas,
resistentes a todos os mortais.
Nunca morrem as ruas velhas.
Sao cada vez mais velhas,
cada vez mais interessantes,
cada vez mais bonitas.
So o piar dos passaros,
acorda a alvorada nos bairros velhos.
So os bons dias dos vizinhos,
acordam os sorrisos dos herdeiros.
E o eco... O eco nao para de gritar.
Os passos nao param de passar.
Ficam os bairros velhos,
cada vez ainda mais velhos,
e brilham com este meu eco,
e outros que acordam a minha cidade .


21 ABRIL 2013

2 comentários:

  1. Sente-se bem o eco do bairro no passo que leio.
    " O eco não para de gritar" e eu gosto de passear por aqui.
    Beijinho, Carlos Lobato.

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