domingo, 14 de abril de 2013

MERCADO DOS SONHOS



Não tem preço a quantidade.
A qualidade é grata e imprevisível,
Tal cume da mais alta montanha.
As nuvens, enregelam de atracção.
O portal de um paraíso imaginário,
Um Shangri-La retocado, vivo.
Uma enorme e pesada porta.
Madeira de cedro. Um templo.
Ferrolhos polidos pela eternidade,
As bancas são de mármore rosa polido,
Brilhante e suave como a pele dos anjos.
Não se vende, nem se prega nada.
Estendem-se mãos frágeis e finas,
Pequenas nuvens que se tresmalham.
A moeda de troca, é um sorriso;
Uma festa ou um beijo, selam contratos.
Não tem preço, não tem nada.
Os sonhos, circulam livres
Pelas almas e egos que escolhem.
O som, é algo inexistente.
Apenas o aparente traz a dúvida.
As bancas são infinitas, são muitas.
São tantos os sonhos com troca possível.
As tecnologias estão ultrapassadas,
Aqui nasceu a escolha do futuro.
Aqui nasceu o livre arbítrio.
Aqui estou eu, em todas as bancas e,
Entrego-vos todos os sonhos.
Os meus,
Os vossos,
Os que ainda não foram sonhados.
Os que já não me lembro.
Mas venham!
Instalem-se por ordem de chegada,
Não há senhas, nem vitórias.
Aqui impera o bom senso!
Aqui há a beleza da vida.
A realidade, é o acréscimo que escrevo,
Em plena euforia dos meus sonhos,
Sem comércio nem deslumbramento,
Apareçam e escolham apenas.
Escolham os vossos.
Este é o meu
Mercado dos Sonhos.

14 ABRIL 2013

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