domingo, 21 de abril de 2013

A PUREZA



Hoje identifico-me com a realidade.
Apenas pelos momentos necessarios.
Os conhecidos "quanto baste"...
Todas as impurezas do genio,
teem um relato adjudicado ao Ego.
A fragilidade de cada individuo,
a minha, propria que nao admito, nem tolero.
A realidade compoe-se de um conjunto,
porque todos os factos estao inanimados.
A realidade nao me da treguas,
da-me os sonhos que contorno,
da-me a unica fuga possivel ao entusiasmo.
Por isso estou sempre identificado!
Apenas o acto da insolvencia me tormenta.
A insolvencia do que e preciso,
a abnegacao do possivel e realista,
em contracenso com a real possibilidade.
E doi-me esta mordomia descoordenada.
As imagens e sons que sabem bem,
as pessoas que sao "bonitas",
e toda a falta de senso realista.
Tenho pena dos inertes...
Tenho a fobia dos absolutistas,
mas nao os que foram reais.
Tenho a vontade inequivoca,
um prazer enorme de dar o que e preciso.
Tenho esta fome de ser indesejavel.
Ha algo de abominavel na vida.
Um monstro que e belo,
uma princesa que a imagem finge.
A realidade, a mim nao me da treguas...
Leio e sorrio em todas as animacoes.
Apenas apelo aos momentos necessarios.
Acima de tudo sou um inconveniente.
A imagem de todos, sou um "Ze Ninguem".
E quero que fique essa pureza.
Nem Zaratustra me entende...e nem escuto,
toda a pureza que os outros nao teem!

21 ABRIL 2013

2 comentários:

  1. Cheguei ate aqui, atraves do seu comentario a Ana Barbara Santo Antonio.
    Gostei deste poema. Penso que se todos nos formos um pouco justos e conscientes nos indentificamos aqui. Mas a nossa vaidade nao deixa. Sublinho esta sua frase...
    A imagem de todos, sou um "Ze Ninguem".
    E quero que fique essa pureza.

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    1. Essa a diferenca da simplicidade e a que nao existe. Admitir o que somos e o que nao somos. Obrigado amiga.

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