Ao ouvir agora musica,
sinto-me como novo.
A alegria do Sol no corpo,
Bowie ou Bach na memoria.
Apenas a eternidade.
Sair de dentro disto...
Do espaco incompleto,
que a minha idade tem.
So uma cadeira na sala vazia.
O Eu inerte descansa,
e balanca ao som da musica.
A cabeca roda sem ritmo.
Os bracos, mexem o sangue,
que cai nas pontas dos dedos.
Um formigueiro constante.
Um aperto no cerebro,
e vem a falta de espaco.
Neste mesmo espaco vazio.
Talvez a loucura me tente.
Talvez me sente nela.
A espera... sempre a espera.
Os novos romanticos...
Os hinos sinfonicos,
a cabeca cheia de coisas boas.
O corpo nu, colado
ao tocar a madeira.
Suar acompanha a loucura.
O calor no meio do frio.
Sentir-me novo, na memoria.
O brilho da lampada,
inoquo e brilhante.
Inerte e confrangedor.
Como a minha cadeira.
Sozinha comigo,
no meio da sala vazia.
A luz artificial tao quente,
o cerebro alucinado.
Um sonho pesado.
Batem a porta...
Um remoinho violento,
comigo no centro.
Acordo...
05 ABRIL 2013
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