As saudades sao como acido.
Sao o apurar do sentimento, sao a falta...
A necessidade de ouvir, cheirar e ver.
Sao o mel de uma colmeia vazia.
O motivo da saudade e tao nobre,
potente e de uma entrega definitiva.
Mas doi como acido corrusivo,
que aos poucos me abre furos na alma.
E quem nao adora a dor? Esta dor...
Tenho pena de quem nao tem saudade.
Nao tenho pena de mim, porque a tenho!
Uso e abuso dela... admito que a procuro.
Lembro os gestos, os sons, a presenca.
Lembro os cheiros, murmurios e gemidos.
Ate a ausencia eu lembro!
E nao me doi assim tanto.
Quando me lembro da saudade, vivo...
Quando o sonho me assalta, nao resisto...
Deixo-me voar na saudade,
deixo-a tomar o feitico das nuvens.
A leveza do voo de quem ama.
Um local, um amigo, um filho...
Mais ainda o prazer de uma mulher.
A minha, uma unica e inigualavel... para mim!
E o acido corroi-me pela dor da distancia.
Doi-me so a impossibilidade do toque.
Nao me doi o corpo, apenas uma dor...
Uma dor diferente, como diferente eu sou.
A dor da saudade, e uma dor cruel
mas ainda se mantem, como uma dor saudavel.
08 ABRIL 2013
As vezes a saudade virá até companhia...
ResponderEliminarabsolutamente!
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