Sou tão pouco vulgar
Que tenho medo de ser assim.
Nada incomodativo,
Apenas medo de mim próprio.
Tenho esta forma assertiva
De filtrar tudo o que me atrai.
Arrependo-me,
Ou nem por isso.
Sei que acontece...
Não é negligência,
Não é obsessão,
Muito menos egocentrismo.
Nada disso
Absolutamente nada!
É querer dizer sim.
Mesmo que sinta que não.
É ajudar, sabendo que...
Não devia.
É ser abstrato numa leitura
Menos vulgar aos olhos dos outros.
É amar em danação pura
Num rio de canoas partidas
Numa corrente de tempestades.
Sou a superfície do Sol
Galgando labaredas,
Umas atrás das outras
Cuspindo fogos de vida
Por todos os poros
Que já foram frios.
É ser como os rios,
Sem margens certas,
Quase invisíveis mas palpáveis
Nem que sejam só por mim.
Nem sei o que digo,
Nem penso o que quero,
Porque o minuto seguinte
É pouco importante.
Ser vulgar é ser indiferente;
Coisa que me incomoda.
03MARÇO2016
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