Não sei como falar de certas coisas,
Quando se me misturam sensações,
Desde a euforia do alcançado,
Um corpo desnorteado e cansado,
Mas acima de tudo o sopro da felicidade.
Não choro o gemer das pedras
Que sofrem como as crianças pequenas
Sem conseguir a expressão certa.
Não me regozijo com insignificâncias
Porque ao virar da esquina posso cair.
Só os músculos da face me importam
Não só neste momento, mas cada vez mais.
É a sensação de compressão mecânica
Quase automática mas sempre diferente
Por cada vez que sorrio instantaneamente.
Está de volta o amiudar da situação.
Sentir que quem amo está bem,
Mesmo quando o possível, é menor
Que o desejável. É um objectivo alcançado.
Um objectivo interior, a questão necessária
Para me sentir quase satisfeito comigo
Mais perto de um exemplo de humanidade.
Não estou sozinho. Não posso estar sozinho...
Estão os meus Eu's acompanhados
Por conclusões que não divulgo
Mas com a elegância anti hipócrita
De um bem estar realmente real.
Não sei porquê isto. Este desabafo
Senão comigo próprio. É um outro Eu
Que passa e lê o que escrevo, assimila
E sorri para mim, com um outro Eu ainda
Que aprende a sentir estas dispersões.
Só eu nos entende. Assim seja,
E que todas as dúvidas se mantenham.
Fica esta, uma nova certeza concretizada.
10MARÇO2016
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