Olá Deus,
Como estás?
Eu estou bem,
Ou acho que sim.
Podes ser sincero,
Descer à Terra,
Beber um copo comigo
Na Pensão do Amor.
Conheces?
Podemos ficar calados,
Ou ouvires as lágrimas
Que correm, já tão secas
Como o gelo
Que derrete.
Já não têm sal,
São transformadas
Para o agrado geral.
Só quero entender
A complexidade...
O porquê de tudo o que sinto,
Quando tudo é simples.
Senta-te e cala-te!
Ouve-me meu Deus,
Por amor a Ti.
Olha-me nos olhos,
Sem pestanejar e
Consola-me definitivamente.
Ou leva-me, porra.
Ou leva-me contigo e,
Apaga-me das memórias dos outros
Como que se não existisse.
Falemos de coisas sérias.
Falemos dos inocentes
As reais dores do Mundo.
Quem sou eu para me queixar?
Talvez um dia,
Doente, velho, decadente
Me queixe do tempo,
Da lentidão até à morte.
Morrer não me custa,
Custa-me ver morrer.
E há quem morra ainda vivo,
Continuando a respirar
Sem vida interior que o valha.
Sai lá desse pedestal e,
Anda cá abaixo falar,
Ou sai aqui de dentro.
Fala com a vulgaridade,
Fala comigo porra,
Ou cala-te!
31MARÇO2016
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