Vejo-te partir ó poeta.
Não sei se chore,
afinal, um poeta nunca morre!
Tristeza será meu conforto,
ainda que estranho por defeito.
As palavras que ficam escritas,
oxigenam os dias que me sobram.
Os segundos que demoro
renascem nas cores das odes,
para lá dos antípodas da tua memória.
Deixas-te "O TEMPO CONCRETO",
optaste pelo tempo impossível.
Perceberei eu o destino?
Nunca me revelarás os erros,
todos e tantos eu nunca saberei.
Entre estes dois espaços,
ficaremos tu e eu, separados
por uma partida, que não choro.
Sigo os sons das tuas palavras,
com o prazer ingrato do sorriso.
Anónimo serei eu para ti.
A tua paragem, sem novos poemas,
será o único incómodo!
23SETEMBRO2013
(humilde homenagem a António Ramos Rosa)
Sem comentários:
Enviar um comentário