quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A ANGÚSTIA DA VIDA





A angústia da vida.
O que vivi.
O que vivo.
O que irei viver.
Talvez mais um vício,
a esperança, um motivo
em complemento directo.
Quando penso nos mortos,
em todos os que morrem,
penso em mim sem vida.
Esta vida. Apenas esta vida.
A angústia da morte,
o finalizar dos sentidos,
torna-se doença de tantos.
Doença antes da morte.
Para mim, será mais
morte antes da doença.
Tudo é tão natural!
Pensar, sentir, temer.
O pânico da inteligência,
são os mistérios ocultos,
tudo o que se conhece,
sem saber como será.
A mim, atrai-me esta dúvida,
que deixei de sentir como tal.
Receio sim, a dor do espírito,
a do corpo, é suportável
que mais não seja pelo fim.
Vou partir deste corpo,
um dia, eu sei! Vamos todos.
A crueldade começa aqui,
no pensamento involuntário.
Aqui, também se cria o antídoto,
a necessidade de opor o sentimento.
Se vier, que venha a morte.
Quando vier, que a sinta
com um sorriso nos lábios,
com um obrigado pela vida.
A cura, está na própria doença.

25SETEMBRO2013

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