Espaço de intensidade pura.
Conhecimento, um poder ávido.
Basta-me passar as grades,
basta-me ultrapassar as colunas,
e o cheiro enche-me a alma.
Cheira-me à história e,
à imortalidade da existência.
Cheira-me a papiro e folhas velhas,
o pó silencioso que refusa sair.
Leio as versões do que se sabe.
Acredito e desconfio de tantas.
A antítese do meu monólogo,
o pasmo do culto das relíquias.
Tudo difere nas culturas,
tudo se assemelha nas religiões,
e fica o denominador comum...
Quem?
Quem somos?
Porque somos?
De onde vimos?
São todas as perguntas,
tantas as que me pergunto.
Mas aqui, neste Museu,
encontro algumas respostas,
tão concretas que me desviam,
para a procura de mais perguntas.
A intensidade é uma resposta.
O mistério sopra na minha alma,
arrepia-me o desejo do fim.
Cheira-me a tudo o que existe,
fica assim a história como sempre,
inacabada pelo presente.
14SETEMBRO2013
(visita ao British Museum)
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