Uma casa de campo, rustica
velha, calma e acolhedora.
Um jardim colorido, um lago,
a luz do arco iris, e o verde...
O silencio. A ternura do silencio.
As cores que acariciam o vento.
Os arbustos empertigados, cheios
de uma ramagem idonea e unica.
A ambicao de ser arvore,
o espreguicar dos ramos e folhas.
Os pingos de orvalho, a madrugada
fresca, como a agua que tiro do poco.
As cores arqueadas na humidade.
O som timido dos passaros,
que me adoram e acordam devagar.
Aos poucos, sem pressas algo nasce.
La longe, depois do final do meu braco.
No horizonte que aponto, que espero
pelo calor raiado no meu corpo.
Uma brisa hipnotica, a harmonia,
a paisagem serena, o paraiso.
Um local onde me sento, onde vivo.
O fechar de olhos, o prazer.
Um quadro vivo, tao colorido,
como aos olhos de Van Gogh.
A vontade de ler, de escrever...
A vontade de vida, que nao quero perder.
Os meus olhos, a visao do meu quadro.
O cheiro... Oh Deus e o cheiro.
O cheiro das coisas simples,
o cheiro das coisas boas...
O apaziguar da alma, tao feliz,
o Ego cheio de felicidade.
Criancas e risos ruidosos, vivos...
Um choramingar mimado, uma queda.
A mulher que completa a paisagem.
Um quadro cheio de pequenos toques,
desafiar ao vivo o impressionismo.
O meu, que impressiona a minha vida.
Um desejo efemero, a eternidade.
Amar a vida, com simplicidade.
12 ABRIL 2013