sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A MORTE DO POETA



Um poeta nunca morre!

Um poeta nem aos olhos desaparece.
Quando o corpo se recolhe,
liberta a alma  mais ainda.
Clama as brisas em sopros leves,
sussurra nas folhas das árvores,
com bailados de alegria simples.
As lágrimas animam a manhã,
porque escorrerem orvalho fresco,
com sorrisos a quem não esquece.

Um poeta não desaparece!

Deixa o sangue agarrado às folhas,
as outras, todas as outras folhas,
que não as das árvores.
Lágrimas de sonhos e alegrias,
sorrisos chorados na monotonia,
despertam vida a quem a esmorece.

Um poeta nunca morre!

Mesmo que o seja pouco,
até nada conhecido,
nunca deixa de ser poeta!
Aniversários de falecidos,
todos os dias comemoramos,
como de todos os ainda vivos,
que em vida os libertamos.
A poesia é uma arma complexa,
só o poeta a usa com mestria.
Sonha o bem, a utopia e o mal,
acordando a noite,
em constante insónia tardia.

Um poeta nunca morre!

Nem tao pouco se cala enquanto vive,
Ser poeta é não ter medos,
É escrever sem ter segredos,
na dependência ou na mordomia.

Bem hajam os poetas,
mortos ou por morrer,
pelo prazer da POESIA!


19 JANEIRO 2012

4 comentários:

  1. Que coisa mais linda!!! e esse desfecho maravilhoso...de uma verdade rara e linda! Coragem...é preciso!

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    1. Um dos previlegios de quem escreve poesia, e ter coragem... mostra-la... transmiti-la... Obrigada Yohana

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