segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

LEONARDO da Vinci


Hoje!
Mais uma comemoração intensa do meu Ego. Sentir tamanha felicidade, torna-me quase egoísta!
Tenho esta vontade enorme, de vos falar sobre um dia de real felicidade, um dos pedaços que nos elevam mais perto da felicidade total (que não existe! a total...). O privilégio de mais uma vez ver, tantas obras do Mestre dos Mestres!
Ja vi várias obras, em vários locais, deste génio imortal. Roma, Madrid, Paris e agora na minha cidade.
Não deixo de sentir uma pequena, mas absoluta desilusão, em relação ao empolar criado à volta da exposicao, como sendo a exposição do século.
Não acho, apesar da imensidão e poder fantásticos e, da enormidade das obras de Leonardo.
Fica a pequena critica.
Mas mesmo assim, e como exposição, é de uma qualidade incrível!
Nao deixa de ser impressionante!
Leonardo da Vinci é-o sempre!
Todo o seu percurso desde ainda estudante na oficina de Andrea del Verocchio de 1469 a 72 em Florença, até à saida para Milão em 1482, onde se dedicou a estudos infindos, tanto em pintura como invenções de engenharia muito avante da lógica de conhecimento da época, só mesmo aquela mente fértil de genialidade, poderia ter o imaginário fantástico que nos espanta, ao ver e realizar, que ainda hoje utilizamos, já este Senhor esboçava e criava modelos em formato real.
Quinhentos anos atrás!!!!!!!!!
O final da exposição, é talvez o auge, ao estar presente em frente de mim, a reprodução do fresco original da "Ultima Ceia", pintada em tela pelo seu pupilo Gian Pietrino.
Serve ainda hoje, de única forma de estudo sobre o original, pintado por Leonardo num fresco na Igreja de Santa Maria de la Gracia em Milão cerca de 1498. Uma reprodução do original, printada em grande dimensão, também esta presente dando uma ideia, da realidade e do estado de decomposição, a que o fresco está sujeito, apesar de todos os cuidados de conservação no local original.
Um espanto!
Um privilégio mais uma vez, ver este Génio perto de mim!
Sentir-lhe os esboços em frente ao meu nariz, quase cheirar o papel onde ele desenhou e, imaginar um pouco, em curtas viagens no tempo, o pulso de Leonardo em plena execução criativa.
O maior de todos!
Os comentários escritos de trás para a frente, nos esboços de estudo das futuras telas, que tanta vez ele usou para ludibriar os curiosos e trapaceiros, são uma sensação fantástica ao vê-los.
Prova do quanto desenvolvida era a sua capacidade cerebral, relacionada com um comum e qualquer ser humano.
Génio!
Génio dos génios!
Tentar ler dessa forma os originais, mesmo ali, não deixou de me colocar várias vezes tantos sorrisos nesta cara de semblante espantado, com tanta coisa que dificil me era acreditar no fundo e, o já ter visto tanta obra original deste Génio do Mundo Civilizado.
Só posso mesmo ser feliz, pelo privilégio de tantas e imensas obras de arte que já olhei no pormenor, no traço do pincel, de tantos grandes que me deixam em êxtase, tão difícil de descrever. Por isso este desabafo. Nada mais que um desabafo!
Adoro impressionismo! Como pintura e expressão de arte. Será a minha forma de pintura por excelência. Aliás ontem, na Royal Academy of Arts, vi uma outra exposição incrível de um pintor ainda vivo David Hockney, que me deixou também deslumbrado.
Mas hoje, aqui na National Gallery com esta inigualável personagem, o deslumbre e a felicidade, aumentaram um Ego cheíssimo de amor pela arte!
Todo o percurso da vida de Leonardo está presente nesta exposição que desde o início da sua apresentação, meses antes, esgotou bilhetes de imediato. Para lá estar hoje, quase um mês depois da abertura, tive de adquirir bilhete há cerca de dois meses atrás.
Vale a pena! Vale muito a pena, quando a alma não é pequena! A espera é uma virtude! Saber esperar tambem é arte. Quando a espera finda e o deslumbre aparece, eis o clímax..
Estou como uma criança que recebeu o brinquedo que mais queria entre todas as opções que tinha, depois da excitaão de ter rasgado o papel de embrulho e tomar contacto com o presente.
Consigo viajar no tempo, sentado em frente a telas únicas que me trazem uma leve e pesada lágrima ao canto do olho, uma felicidade pura, uma alegria imensa, um autêntico e imenso orgasmo de corpo e alma juntos. Ser-me-á dificil de explicar.
Fazer compreender o que me vai na alma, neste preciso momento, é dificil.
Hoje sou dono da alma mais alimentada do mundo.
Chegado o fim.
Fiquei triste.
Sem tristeza absoluta, mas triste por Leonardo ter falecido corporalmente em 1519, a trabalhar como pintor da corte francesa, para Francois I.
Tenho esta tristeza, por não ter inventado e pintado ainda mais.
Algo que o mantivesse vivo, no espaço e no tempo. Triste por não ter a oportunidade de falarmos os dois.
Que gritasse comigo na sua excentricidade, no revelar das sensações ao criar e expressar toda a sua arte.
Há três figuras nas artes, que me incentivam na vida, na tristeza e na felicidade.
Fernando Pessoa, Leonardo da Vinci e Van Gogh.
Gostava de ser um cabelo naquelas cabeças geniais, para sentir o trabalhar dos cérebros, nestes três génios.
Pintar não sei, mas hei-de borrar umas telas, por atrevimento.
Escrever tento, borrando umas folhas, no momento.
Amar a arte não é um dever faz parte da evolução da espécie.
É Beleza oferecida à Inteligência.
Amo a arte, até morrer!

Londres, 23 Janeiro 2012

2 comentários:

  1. Leonardo Da Vinci foi um gênio, como muitos poderíamos ser , se usassemos mais do que 10% de nossa capacidade intelectual.. Mas bato palmas para ele, pois colocou todo talento dando por Deus a ele,,, sim o Mestre dos Mestres é Deus,, que nos dá dons e talentos a homens incríveis...
    E este homens colocam estes talentos e dons a serviço da humanidade, e isto é maravilhoso,, incrível.

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    1. Ola Margaret... Quando digo Mestre dos Mestres, tem a ver com a genialidade do individuo; como humano,criador de arte, e genialidade inventiva. Obrigado pelo comentario.

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