domingo, 20 de novembro de 2011

PORTAS...





O que sinto.
O que quero.
O que tenho.

Passear sem deslumbre.
Um abrir e fechar constante,
De tantas ou todas as portas.

Procurar uma saída!
Encontrar uma entrada!
Procurar-me e,
Alguém que me encontre.

Encontrei-te.
Porta aberta.
Entreaberta.
Tantas vezes fechada.
.
Mas toco-te,
Com os nós dos meus dedos.
Um som perdido de meigo,
Tão cheio de significado.

Um querer, um  sentido.

Os toques são quase sempre os mesmos.
Não mudo tons nem intensidades.
Quero esta porta sempre aberta.
Puder entrar e, ficar.

Por vezes estás.
Tantas vezes não estás,
Mas mesmo que estejas.

Aprendo a vida diariamente.
Terei de tocar outra vez?
Será dúvida descobrir?
Já não sei o porque será.

Quero manter esta porta aberta.
Quero ver-te o outro lado.
Transformá-lo,
Em mim, por mim e, para mim.

Quero redecorar o ambiente.
Modificá-lo o quanto baste.

Serás tu ?!
Serás a porta a abrir?
Manter-te-ei?
Já não sei!

Será que entro e fico?
Será...
Será...
Será...

No interior de tanto calor.
Sinto frio e, arrepio-me.

Aquecer a pele, a alma,
Só sinto arrepios, frios.

Humedecer os lábios.
Lavar as minhas ânsias.
Beijar-te.

Toma conta do meu pecado.

Fascino ao ver a porta,
Que por vezes receio bater.
Será que estás?
Será que abres?
Nunca sei!

Melhor será escrever.
E escrevo-te!



20 Agosto 2011

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