segunda-feira, 14 de novembro de 2011

LONDRES SERENA

Nevoeiro atrevido em mistério,
Brisa que apelam a caminhadas.
Torres tapadas no cinzento do dia.
Rio castanho de lama funda.
Uma Catedral imensa, a Beleza.
A arte, que apela visita.
Gente que se move sem vontade.
Exposição de Miró, surrealismo!!!!
Convicção e ansiedade ao ver um mestre.
Telas simbolistas, de tez agreste.
Óleos, aguarelas, carvão na parede.
Vontade em sentir aquele aprumo.
Bronzes e telas queimadas, pendentes no ar.
Focar os traços pintados, o gesto.
Cores e colagens fora do comum.
Sentir ego cheio, a visão do pintor.
Sair de memória já preenchida.

Atravessar o rio.
Procurar o Teatro.
Sentir a arquitectura que me enfrenta,
Degustar tudo, como oferta divina.
A vida é esplendor, a beleza oferecida.

Um palco.
Filas de assentos apertados.
Expressões e interpretações de cantos.
Alegria que flui no aclamar da multidão.
"Christine morreu..."
Silêncio. O grito do fantasma.
Lágrimas já correm disfarçadas.
Emoções que a arte transforma.
Aclamar em glória, um elenco fantástico.

Final de dia,
Boas emoções diferentes.
Esta cidade retoma a calma
Com a minha calma divina.
Londres serena...

24 Agosto 2011

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