sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

SEI LÁ EU BEM...




A liberdade é subjectiva.
O individuo é cobarde,
Infectado e promíscuo;
Ou gostaria de ser...
Anima-me a indiferença,
Subtraio-me do desrespeito
Que ganho em actos continuos.
Não paro de me infectar
Com o vírus que encontrei
Sem o procurar. Flutuo...
Vagueio num mar indiferente,
De braços e pernas abertas,
Boiando de encontro às margens
E caindo em todas as cataratas.
Só espero pela pedra, a rocha
A definitiva rocha no fundo
Onde darei a cabeçada final.
Preciso sair daqui,
Estou farto, farto, farto
Deste mundo que me infecta.
O meu paralelo, já treme
Com um receio anormal
À hipocrisia da vida, das pessoas.
Hoje é dia de pedras falantes,
De uma harmonia perigosa
E desabafo desinteressante.
Hoje é o dia de desaparecer.
Permanecer no meu limbo
Sem caos nem normas asfixiantes
Que me entusiasmem de nada.
Um hábito alucinante que não quero
Que teima colar-se ao meu corpo
E odiar cada momento de fé.
A esperança é o quê?
A ultima a morrer?
Não, claro que não.
Sei lá eu bem o que é ser... EU.



26FEVEREIRO2016


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