segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

MÃE...





Lembro-me de um álbum velho,
Quase tão velho, como as fotografias.
Tudo a preto e branco.
Eu, sentado, meia dúzia de meses,
Um relvado em Belém.
Até hoje nem liguei.
Ri-me com o "timing",
Com a idade do retrato,
Daqueles "com retoque".
Os carros "vintage", que hoje adoro,
As raras pessoas que hoje vegetam.
E tu, a minha mãe, comigo...
O sorriso que só as mães sabem,
O desfolhar da saia dos "60's",
O penteado. E agora o cheiro.
O teu cheiro que tenho,
Que sempre que paro sinto,
Quando és primazia da saudade,
De ti Rainha, que sinto sempre.
É único o cheiro que,
Fica no filho de uma mãe.
É eterno, nesta efeméride rápida.
Agora, impotente que estou,
Rezo tanto contra a fé que desfiz.
Quero que esperes por mim,
Que me digas o que digo tantas vezes,
Sozinho por esta distorcida distância.
Amo-te tanto. Tiro anos de vida
Para te dar os que quiseres.
Sou eu, porque és tu!
E quero tanto que fiques!
Que te lembres de mim!
Quero tanto que fiques!
Fica!!!!!!



15FEVEREIRO2016

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