segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A MÁQUINA



Um crepitar reconhecível.
Ao longe.
Lá bem no final audível,
Mas suficientemente perto,
Tão perto da memória.
O som do "clique",
Meio metálico,
Meio aveludado.

Só fechando os olhos.
Só revivendo o som.

Um som carismático.
Um rolo. Uma folha.
Todas as velhas teclas.
A fita do "químico",
Vermelha e preta.

O "trrrrrrrrrr" que ecoa,
O cheiro do som,
Por cada mudança de linha.

Máquina de Escrever.
O toque inigualável.
O som inimitável.

Por vezes dou nisto.

Junto imagens e sons,
Olhos fechados,
Uma nostalgia boa,
Que me beija a memória,
E me deixa um sorriso.

05JANEIRO2015

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