Não necessito de nada.
Quase nada.
Necessito de vida,
simples. Ser e viver.
Há um ponto no meu interior,
que sinto. Não vejo. Não toco.
Esse ponto tira-me a fome
de todas as necessidades.
Necessito de oxigénio.
Oxido o podre que me ameaça.
Tenho pouco tempo para fugir.
Não necessito da matéria humana.
Podia rasgar a pele, fugir.
Não escolhi nascer, nasci.
Agradável, no meio de tudo isto,
é esta viagem obrigatória.
É uma vida que aproveito.
O mestrado de coisas boas,
distintas, estagnadas e puras,
creativas, excêntricas e divinas,
são função da minha necessidade.
Necessito do amor, muito!
Tal como a felicidade,
o amor pode ser tanto.
Tanta coisa diferente.
O corpo aproveita um esqueleto,
que segura o ser mecânico,
descontrolado e imprevisível,
coberto em invólucro de cor variável.
Mais frágil que uma redoma. Que a alma.
Como arte, o corpo é mistério.
Como corpo, a arte é necessidade.
Tudo sai de mim. Esta alma
que não controlo, que venero.
De dentro para fora do ser.
Da cinza até à carne são segundos,
medidos num tempo que não este.
Estar aqui é fascinante, saboreio ao minuto.
Aproveitar esta vida, finita.
É o infinito da necessidade!
04MAIO2014
Muito bonito! Bom Natal amigo!
ResponderEliminarFeliz Natal Maria Sampaio!
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