A paisagem é hilariante.
Basta o sonho,
um fechar de olhos,
uma planície imensa.
Sem esforço,
a simplicidade de um sorriso.
Fresco.
Natural.
Tão sentido que percorre a pele do corpo,
alastrando arrepios
como pequenos pigmentos
de uma qualquer cor
sinónima de felicidade.
Há um mergulho prepositado
nesta imaginária escuridão.
Que não o é.
Apenas ao fechar os olhos,
acordado,
toda a escuridão se transforma
neste colorido fictício de tons diferentes.
Se uma moldura houvesse,
se o espaço fosse suficiente,
seria uma peça de arte digna
de qualquer parede de sala.
Ou de quarto.
Ou de um qualquer sítio
desde que me pertença.
Estou virado para o mar.
Em corpo.
Dentro da minha visão
com uma ondulação fascinante.
Não é água.
Não é mar.
São alfazemas, no seu auge.
A beleza que,
neste ondular suave,
ritmado mas disforme,
enche-me o olfato
como se o teu corpo
me abraçasse.
E sinto o abraço.
A alfazema.
O teu corpo.
O prazer de todos os cheiros.
Por agora, apenas
me resta fechar os olhos.
Navegar pelas marés
que me levem
num qualquer abraço.
05ABRIL2014
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