terça-feira, 8 de abril de 2014

O SILÊNCIO



Uma pessoa habitua-se a tudo.
Habitua-se a que não a entendam,
a  não seguir hábitos de outros.
As emoções, são cada vez mais restritas,
sentir intensidade, começa por ser uma maçada.
Tenho idade suficiente para ser eu próprio,
tenho idade suficiente para ignorar o desprezo.
O silêncio, o silêncio apelidado de sábio,
tenho dúvida que o seja, depende!
Há uma dose imensa de cobardia no silêncio.
Não repudio os que não percebem,
os que não querem, os não se esforçam por entender.
Respeito opiniões, opostas, teimosas e vulgares.
Sempre pela dádiva da palavra.
Para quê o silêncio? Só meditando.
O silêncio é bom, individualmente, interior.
Calar a resposta não pode ser silêncio,
apenas o desprezo responde em o silêncio.
Habituo-me a tudo, evidentemente.
Aprendo, estranho, raciocíno e contínuo.
Tudo se transforma numa bola de neve,
quando o silêncio não trava a reticência.
Tudo o que cresce, de mínimo se torna enorme.
Tudo cresce a partir de um pequeno nada.
Posso até habituar-me ao silêncio,
eu próprio preciso de muito silêncio.
Mas nunca quando espero a resposta.


08ABRIL2014

Sem comentários:

Enviar um comentário