terça-feira, 8 de abril de 2014

ATÉ QUE...




Deixa correr a seiva da madrugada.
Manter gotas de orvalho, pendentes,
Deixa crescer até que o peso as solte.
Deixa os cristais de gelo alucinar
A refracção de todas as cores.

Deixa correr os esquilos na alegria da manhã.
E os corvos, gralhando desafinadamente
por todas as presas que esventram.

Há um desafio entre o bem e o mal.
Eterno, só, interpretando o que sinto,
Salvo toda esta paliçada de um derrube.
Deixo sair toda a vontade de ser feliz.

Deixo que os olhos sintam o redor.
Deixo o cheiro verde,
A relva e o murmúrio das folhas,
Deixo que todos os sons sorriam.

Deixa correr a seiva da vida.
Mantem a fé nos dias que correm,
Não penses na rotatividade do mundo.
Deixa a cadência do tempo correr,
Deixa as rugas do corpo nascer.

Sei que morrerei jovem.
Sei a irreverência da mente.
Sei que sei muito pouco
Que não desisto!
Sei que serei sempre jovem!

Vida,
Não te abandonarei!
Serei sempre feliz,
Até que a morte nos separe.


08ABRIL2014


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