Diz-me porque brilhas
Tão perto, nesta distância
Quase inqualificável.
É o Ego do Universo
Que me faz sentir
O real, é o presente.
Sem memórias,
Nem a morte me trairia
Porque a saudação da vida,
É adorar o imaculado
A Fé.
É a história
De todas as vontades,
Que me habitam o subconsciente
Sem me darem razão suficiente
À procura dos meus porquês.
Quero a existência matura
Sem a maturidade da adaptação
Sem o resignar a todas as faltas.
Que posso eu fazer
Se o que me enche a emoção
É a falta de objectividade emocional?
Querer ser inteligente,
É uma tarefa impossível,
Pois pelo que leio, já existem
Tantos seres inteligentes
Que não sobra muito espaço.
E as memórias de Inverno?
A magia das Estações e Equinócios?
Do negro ao brilho
Do calor ao gelo,
Da solidão ao amor,
Os dois juntos?
Que fazer aos paradoxos?
Porquê alimentar as razões inadaptadas
Os sentimentos impossíveis
Que morrem numa gaveta vazia?
Para quê gastar papel e tinta,
Quando as folhas morrem queimadas?
Para quê ocupar o peito
De nostalgia que me alimenta a saudade?
Para quê amar o impossível
Se o possível está fora do meu alcance?
Pergunto-me porque brilhas
Porque é a pergunta que faço a todas as estrelas.
Pergunto porque brilhas
Porque a distância da luz é o toque da morte.
Já morri quando chegares,
Mas os que morreram antes
Deixaram que eu te encontrasse aqui.
Serão as palavras certas?
Peço desculpa se não forem.
Mas amo-te.
Enquanto o brilho me iluminar
E os outros que ainda vivam
Quando chegares.
11JANEIRO2017
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