Todas as reacções têm um equilíbrio
Que me define a sustentabilidade.
Sou ou não sou viável,
À vista dos outros?
Pensar no pensamento dos outros
Em relação a nós, é ridículo.
Eu só quero saber o que é afecto,
Inteligência emocional,
E pouco mais que tudo isto.
Todos os pequenos eus e euforias
Desânimos, inseguranças e... nadas,
São olhos secos num mar de letras
Sem a continuidade do corpo.
São memórias em que me misturo
Sem saber princípio e fim,
É uma miscelândia de sensações
Que me condicionam os dias
Pois por mais que os pesadelos
Se transformem em sonhos,
As metamorfoses não param
Nem eu cresço, nem me mantenho
Nem me torno velho ou eterno.
É tudo um somatório de nadas,
Tão pessoais como inertes.
Hoje tenho o mar!
Basta olhar para o lado e está ali,
Um elemento eterno, mesmo à mão
Com a banalidade da frequência
Do hábito, ou regularidade acessíveis.
A espuma que vejo crescer
Na turbulência do final das ondas,
O desgaste e cansaço do mar,
Ao adormecer no leito da areia,
É um conjunto de pequenas eternidades
Onde o corpo efémero tem acesso
Com todos os sentidos que possui.
E isto é tão raro!!!!!!
É aqui que o equilíbrio se perde,
Por tanto equilíbrio evidente
Aqui ao alcance da minha mão.
Hoje é dia de serenidade.
Depois do amor, de todos os amores
E da minha singularidade humana,
Pequeno e, básico na leitura do Mundo,
Sou enorme na minha capacidade.
Dou tudo, não quero nada!
Sou um Homem Feliz!
28JANEIRO2017