segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

TANTO POVO FELIZ





Tanto povo louco
Tanta loucura no povo
Dividido por vários povos.
São aos milhares, na rua
Na compra supérflua da vida.
São presentes, aos vivos
Esquecidos os ausentes
E os mortos queridos.
É a ânsia vivida da fartura,
O olhar meio louco nos olhos
Expressões de fartura
Sorrisos de incredibilidade.
Ve-os aqui, tantos
Os refugiados que se pisam
Sem necessidade actual
Mas pelo instinto passado.
Observar o comportamento
É um pouco alucinante.
Ver a satisfação e felicidade
Com o adquirido existente,
É um contra-senso admirável.
O que o pouco faz ao necessitado,
Que a tantos sabe a quase nada.
São os Mac's e os KFC's
São as lojas básicas de preços dúbios
Que enchem um espaço
Que nunca existiu a tantos que vejo.
Vejo a Felicidade estampada
Na face de milhares.
Vejo a vida ser simples,
Sem encomendas de nada.
Vejo a vida correr,
Com os vícios transpostos,
As securas expressas nos indígenas.
O Homem é um animal xenófobo
Tem uma natureza básica
Que me faz ficar apreensivo.
Por um lado sim, por outro não.
Por um lado a felicidade,
Por outro o sarcasmo do paradoxo.
E as crianças, gritam
Não sabem ser felizes,
Mas adaptam-se maravilhosamente!
Humanidade precisa-se
Onde o Homem precisa de tudo.
Não matem mais crianças!



19DEZEMBRO2016

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