Cruel a noite.
Abusa da minha paciência.
Desculpas fáceis
Que me fazem sentir cansado.
Um peso enorme
Que as pálpebras carregam
Sem vontade expressa em lutar
Mas derrotadas pela insónia.
Posso entregar-me à escuridão
Castigando a frustração
Que nada resolve. É ser nada.
Custa-me acreditar que
O sono seja tão necessário
É um dogma de todos os corpos
Que a justiça do sonho trai.
Doem-me os olhos.
As janelas de uma alma
Que precisa de trabalhar em silêncio.
Mas quando o silêncio abusa
Por persistência mal vinda,
É como estar nas terras do Sol
Sem noites naturais
Tapando as janelas do quarto
Com um já enorme desespero
Pela sombra, por um pouco de escuridão provocada que me adormeça.
É noite cerrada,
Mas sinto-me do outro lado do Sol.
21SETEMBRO2016
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