quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O OUTRO LADO DA LUA







Dizer-te que sim.
É imaturo,
Sem a ruga simples.
Alvo fácil
De um Sol nascente;
Preferia a Poente.
Eu,
Sou gente.
Digo-te que sim.

É prematura,
A cera nas velas,
As igrejas e tabernas.
Um mundo.
É vinho e sangue,
E Fé até.

Sou Eu que sim,
O que tantas vezes nega,
Que não apregoa.
Nada!
Dizer que sim,
É como um nada.

Depois de outro tanto,
Um talvez,
Sem apurar a sombra,
A minha sombra,
Rebelde e surrealista.
Distorcido por tudo,
Todos os lados
Menos o chão.

Onde toco,
Onde ando ou corro,
Não se vê.
Não me vêem,
Não me vejo,
A sombra é lateral,
Oblíqua ou vertical.

Do espelho,
Só a moldura...

Pode ser horizonte,
Mas não horizontal.
Dizer-te que sim,
É o outro lado da Lua.


22SETEMBRO2016

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