Finalizar o que nunca foi iniciado,
É este um desejo que não desejo,
E a prova é o sentimento perdido.
Nada se perde, tudo se transforma.
Eis a teoria da certeza dos incertos.
Não me queixo de nada. Nada o justifica.
Tenho esta "esclerose" única, de pensar.
E se é considerado saudável,
às vezes, tantas vezes, roça a doença.
Uma doença ainda não mental. Acho...
Mas o caminho está aberto, liberto,
Circunscrito e, a sensação é violenta.
Não me faltam certezas. Nunca faltaram,
Porque há muito que a idade é cáustica.
Tudo é violento, mesmo até a calma.
Quem pensa com hilaridade,
Tem a tendência do amuo secreto.
Dá nas vistas. Eu sou exemplo claro.
A questão de esconder o fluxo,
É algo que repelo e desdenho.
Só a formalidade do indigesto,
ME dá a conhecer o paladar do sim.
Fico hirsuto e suave ao mesmo tempo.
Só eu o lamento, porque não o faço.
Fico estranho comigo, porque sou isso.
Um corpo de carne e âmbito dúbio,
Que sustenta a verdadeira realidade da existência.
O corpo e a alma. O "inner" e o "outer".
Sei lá o que ides pensar. Pensai bem.
Pensar é o que nos distingue.
E já não sei se isso é bom!
Gosto, claro que gosto do poder da questão.
Manipulo-me sem reverência própria,
Mas admito que sou diferente dos outros.
Essa uma perspectiva que me agrada e justifica,
A tendência de não acabar este possível tormento.
Não o é! Isso é absolutismo individual.
Paradoxo da certeza. Metáfora de mim,
Num paralelismo que é irreverente,
Em crescendo imparável, até que o corpo aguente.
Vou desligar o neurónio que me multiplica,
Antes que as sinapses me violem a existência.
Quero morrer de calma. Quero viver da calma.
Quando finalizar o dilema, será o meu início!
16MAIO2015
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