Ao olhar de frente,
Este curto meio metro
De distância que me separa
De tantas obras primas,
Absorvo toda a fantasia e,
Cresce em mim, a esperança.
Neste caso, a Arte é pintura.
Agradeço o privilégio!
As centenas de obras primas,
A vontade de tocar cada tela,
Sentir na pele o traço,
A eficiência dos mestres.
É puro e, a fantasia é minha.
Ao ver o resultado final,
Fantasiando a esperança,
Fico de alma arrepiada,
Entre o desejo e a vida.
É bom ser racional.
É essencial sê-lo!
Só (quase) na arte,
Consigo admirar a inteligência.
Tenho medo do Homem.
Desconfio do Homem.
Cada vez mais me sinto só,
Nesta boa solidão com a arte.
E o quarto...
Este meu quarto pequeno.
Vivo dentro desta fantasia,
Como numa redoma,
Que me consome em vórtice
Como teoria transitória,
Que me faz passar um portal,
Com toda a excentricidade,
E me sinto parte do tema.
É esperança tola.
É a fantasia que me consome.
Preciso sair de mim!
Só isso!
28MAIO2015