Um passeio.
As cabeças e,
os ombros.
Milhares de ombros.
Homens e, Homens,
Almas e, Almas,
Horas e, Horários.
Ninguém liga.
Ninguém olha,
com olhos de ver.
Ninguém sente,
senão o tempo,
o atraso no tempo.
Fui criança.
Sujava, tocava,
arranhava a pele.
E não ligava.
Sentia, sorria.
Sem haver tempo.
A multidão implica,
com a minha inteligência.
Até porque gosto.
Paradoxos do tempo.
O comportamento,
é homogéneo, quase...
Cada vez mais gente,
cada vez menos humanos.
Sobra o lar.
Ainda sobra a chave
de uma porta por entrar
de outro mundo,
dentro do mundo.
Recolher,
ler e escrever,
até adormecer.
E,
Quando a aurora chegar.
Recomeçar.
06FEVEREIRO2015
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