Sobrevive-se com destreza ao desalinho.
O desalinho de ideias que me passa pelo cérebro,
está em relação direta com as imagens, com tudo.
A repetição de comentários pseudo intelectuais,
criam uma distância entre o que digo e o que quero dizer.
Os comentários dos outros, claro está.
Há umas pequeninices enfadonhas
de alguns seres "iluminados".
Nova versão de "Velhos do Restelo".
Basta sair de casa, ligar o televisor, a rádio.
Não falo dos jornais que inventam o ridículo.
Mas mesmo tentando, não consigo deixar de consumir.
Consumo as pessoas, afinal. São elas que criam.
A aberração da necessidade de publicidade é incrível.
Os outros são sempre pequenos ou fracos, ou maus.
Apenas restam os do meio próprio, salvo raras excepções,
mais chegadas e convenientes,
a toda a repetitividade do processo.
A inteligência está um desalinho.
Tudo se configura desalinhado.
Sabe bem ter opções imensas, por um lado.
Sinal dos tempos!
O meu receio é que sejam demasiadas as opções;
os medos não funcionam, deixa-se de reagir ao errado.
Sempre mais uma opção, sempre mais outra opção...
A ciência deixa de ser exacta e, sistematicamente o prova.
Já não sei afinal, o que será dogma, se os há?!
Já duvido dos objectivos, pela subjectividade do final.
Tanta gente demente de máscara aprumada.
Tanta frustração presente, tão bem disfarçada.
Sei que tudo faz parte do reflexo da sobrevivência.
Sei que do caos nasce a norma.
Sei... sei... sei...
Mas, não sei absolutamente nada!
Perco-me em fases destas, de tempo incerto.
Tento concentrar-me na realidade das coisas,
nestes momentos pessoais de desalinho.
Não tenho a certeza da destreza,
muito menos do resto.
01 JUNHO 2013
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