Sei que acordei no mesmo Mundo de ontem,
Mesmo alternando, vários estados e locais,
Que ocupo, entre mim, o meu corpo e a minha alma.
Teria preferências se pudesse optar.
No fundo, em todos nós existe um invólucro,
Onde em qualquer uma altura indefinida,
Desejariamos não ser nosso. Resigno-me!
Também penso às vezes, que seria preferivel,
Ultrapassar esta fase da alma, passar a uma fase seguinte.
Partir. Reencaminhar o túnel de luz branca, lá ao fundo,
Onde a surpresa me espera a qualquer momento.
Um outro local, um outro mundo, uma outra pessoa.
Só me assusta não voltar provido de inteligência.
A inteligência como a conheço e aceito,
Feita de medos e consciência, de justiça e pecado.
A curiosidade, é um ponto de enorme força interna,
Em que tudo circula à volta do desconhecido.
O que falo ou a que me refiro como conhecimento,
Já foi desconhecido, e aqui me cabe um só papel.
Tenho a dor materialista, a carne e os erros.
Nem quero sequer imaginar os outros.
Não neste preciso momento, por favor,
Já me chega a minha miséria.
Cada vez mais me sinto um balão de ensaio,
Uma experiência tecnológica neste corpo.
Este corpo humano, a máquina mais perfeita,
Onde os mecanismos sao quase impossiveis,
Posto à prova, algo que se decide individualmente,
Cada individuo, será a sua prova e diferença.
A Inteligência, transfere grandeza divina,
Aqui, a minha alma apenas espera e regula,
Sem que vença a tentação de esquecer a vida.
Vivo neste Mundo que não deixa de ser oculto,
De olhos abertos, cheio de sonhos. Os que exploro,
Enquanto tiver tempo,
e a alma não mude de corpo.
04 JUNHO 2013
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