Tenho os olhos baços de luz.
Os braços pesados de calor.
Todo o corpo adormecido de prazer.
Foi o prazer do corpo, sim...
É o prazer da alma, sim...
Toda esta luz à minha volta,
e é tanta esta luz, que sinto
não ser só Sol, o que me ilumina.
O som do bairro está vivo,
o carisma da simplicidade activa.
Estou vivo, sinto-me intensamente vivo,
mas não apenas pela cadência no peito.
Não respiro apenas o oxigénio vulgar,
respiro uma realidade intensa... viver.
Sinto os sorrisos de ontem,
o gritar dos meninos entusiasmados.
Sinto a felicidade em tantos tão cara,
para lá de um separador invisível.
Sou um previlígiado, pois então...
tenho-a sempre à mão, gratuita!
A dificuldade existe, ao gerir sensações.
Ao controlar a luz que me ofusca,
estranhamente até, sem incomodar.
O corpo absorto de poder,
uma intensidade indiscrítivel.
Mas fico, quero ficar assim!
Cheio de tudo, de todas as pequenas coisas.
Mas não consigo nem quero esquecer,
todos os outros, todos os que o não dizem.
Amo a vida, e quero ficar por aqui.
23 JUNHO 2013
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