terça-feira, 30 de agosto de 2016

AUTO-MUTILAÇÃO




Quando saio do meu lugar
Perco a noção de segurança e,
Tropeço na indiferença do Tempo .
O basalto solta-se 
Depois de passos arrastados 
Por um cansaço apetecível. 
A lareira abraça-me 
E beijam-me as páginas seguintes. 
Nada pára neste momento. 
A minha mente, foge...
É difícil acompanhar-me a mim mesmo, 
Quando não tenho capacidade para me ajudar. 
É tudo tão natural! 
Tudo menos a indecente indiferença do pecado 
Sem fé nem regras determinadas,
Sem objectivos afinados, 
Pelo simples facto
De todas as dúvidas. 
Tenho esta saudade permanente 
De todas as saudades que estão por chegar. 
Auto-mutilação não desesperada 
É o que é! 
É a falta de sono que me desespera 
Nestes episódios desgovernados 
Que só o meu outro Eu equilíbra. 
Gosto de sentir o que sinto! 


27NOVEMBRO2017



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