quarta-feira, 17 de agosto de 2016

ATÉ UM HOJE





Tenho-te até um hoje
Que sempre assim o será.
O passado é presente
Porque o presente é futuro.
O veludo das palavras,
São como paixão terrena
Tão enorme como o imaginar.
Saber o que sinto, é certeza
De uma diferença, ainda longe
De uma qualquer dúvida.
Duvido da dúvida pela primeira vez!
É estranho isso. É estranho!
É bom, porque é estranho.
Nunca deixei a dúvida antes,
Nunca qualifiquei ninguém
Nem a certeza por adquirida.
Posso até enganar o sistema,
Este meu sistema de dúvida correcta,
Sem maldade nem mau juízo.
Benquerença é acreditar,
No que acredito e me incomoda.
Incomoda-me chegar ao fim da estrada,
Aquela que sempre acreditei
Não ter um fim, por não acreditar.
Sempre amei com fervor,
Com verdade e impulso!
Nunca certo da certeza que tenho agora.
É estranho! É tão estranho!
Mas esta dúvida contrariada,
É um patamar alto e mais perto
Da felicidade utópica.
Tenho-te até um hoje,
Que o é hoje e assim será!



16AGOSTO2016

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