Só o céu me chega.
O horizonte fica fora de mão.
Ao Sol, chega uma mão,
à Lua, de cinzenta e escura,
apenas chega o coração.
Era bom poder flutuar,
baloiçar sem propósito
atado a qualquer núvem.
Seca, de cuidado escasso,
cheia de chuva, que me acorde.
O ar, que me acolhe,
é por lá que tento ficar.
Se desço à terra, atolo-me
em enganos nesta lama,
que me agarra e me chama.
Quero azuis diferentes.
Que sejam sementes,
toda uma vida de espera.
Um pássaro livre,
com asas estranhas,
um anjo sem artimanhas,
que ensine a quem amo.
São pobres as correntes
que não mudam as margens.
São pobres as tempestades,
que não trazem bonança.
Amo assim o céu.
Adoro quieto a Lua.
Para ser livre,
só o céu me chega.
04SETEMBRO2014
Lindo!
ResponderEliminarOH! POETA quanto d´alma se esvai de ti...quanta dor te viu nascer quanta ânsia de viver e é tão pouco o que clamas!!!
ResponderEliminar" quero azuis diferentes "
ABRAÇO
Oh minha querida POETA MAIOR! OS TAIS ANJOS E DEMÓNIOS QUE ESCREVEU HOJE! Preciso mesmo de muito pouco! Mas preciso do pouco... Sim!
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