sábado, 13 de setembro de 2014

SAGRADO E PROFANO




O que me faz gostar,
é um pouco de masoquismo,
tão intimo que só eu sei.
São algemas presas
aos cantos da alma solta.
Destilando sensações
pelo apurar dos poros,
enquanto a pele, enruga
a cada aperto do teu corpo.
Só este suor me cheira bem.
Só este corpo me prende,
e me faz gostar de qualquer dor.
Talvez seja amor.
Talvez.
Um dia, só por si, será o dia.
Sentir um afogar de corpo,
o aproximar do êxtase.
Só a vida se compara à morte,
A falta de oxigénio
de um orgasmo,
de um desfalecer.
Um pouco de dor boa,
o sexo, o amor com sexo.
O que me faz gostar,
é esta forma diferente de vida.
Se anseio o desejo,
procuro as palavras que me tocam.
O amor já existe,
o sagrado e o profano,
que me penetra o sossego,
será o prémio de saber sofrer.
Sofro a sofreguidão da espera!

13SETEMBRO2014

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