Posso passar pelo tempo assim.
Interminável presente,
adormecido, cruel, desenrugado.
Sem suor, nem lágrima apetecida,
só um, só outro, só este momento.
Posso passar por aqui vazio,
desembarcar neste cais solitário,
neste espaço, entre mim e o mar.
Tanta gente sem ver ninguém.
Cheiro o sal e a lama fria,
o marejar da onda que acosta,
lenta, suave sem sentimento.
Não sei andar, nadar ou ficar.
Adorno neste cais imberbe.
Retraindo velas,
sem que sopre vento,
só cor por companhia,
azuis de um horizonte,
mar, céu e harmonia.
Eu não sei navegar,
apenas flutuo.
25SETEMBRO2014
Lindo, amigo!
ResponderEliminarGrato Maria Sampaio!
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