Vou esquecer tudo.
Este defeito inato,
nunca me deixa quieto.
Sujeito-me a pouco.
Entrego-me surdo,
sem visão nem tacto .
Opto por esquecer!
Sem mágua nem afim,
apenas preciso de mim!
Ignorar o Mundo.
Sei lá eu o que é isso.
Há um espelho no quarto.
Um reflexo oposto,
um desfigurar de rosto.
Já nem sei se chego,
se parto, ou até me conheço.
Nada me transtorna o sossego,
nada sacia a sede que sinto.
Sinto pouco!
Será bom. Sinto pouco!
Não há ébano nem marfim,
nem metais que me soprem,
que me alterem a calma.
Todo eu sou Alma.
Vou esquecer tudo.
Afinal é tão pouco.
Já nem sou louco,
nem quero perdoar.
Não fiz nada.
Não fizeste nada.
Perdi a paixão!
Todo eu sou Alma!
Só quero uma cama,
onde desfaça a chama,
com outro rosto,
com outro corpo.
Sem visão, só tacto.
O egoísmo do Eu?
Mais um dia que passa.
Preciso de mim!
Todo eu sou Alma!
15JUNHO2014
Lindissimo! Grande Alma!
ResponderEliminarGrande Alma!
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