quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

PROVOCAR O AMOR




Provocarei o amor de bom grado.
Desafio um abraço, um silêncio distante,
um inventar permanente de viagens.
Constantes. Interiores.
Basta fechar os olhos, sinto-o.
Sinto um abraço que quase esqueci.
Um arrepio moldado a uma imagem.
Se desdenho a saudade, perco tudo!
Apenas resisto à mortalidade do corpo.
No bolso, agarro um talismã imaginário,
esfrego-o pela sensação doce do toque.
Inalo um respirar fundo da madrugada,
todo o impulso me aperta a carne.
Viajo. Por cheiros e palatos do corpo.
Penetro na tua imagem enevoada.
Consomes-me num esgar de ausência.
Se não sonhasse, seria insuficiente.
A vida nestes momentos, sabe a pouco.
Provocar um sonho, é mergulhar na paixão
e alimentar todas as insignificâncias.
As minhas, sobrevivem ao relento, na alma,
Aqueço mordomias de mimos (des)necessários.
Provocarei o amor!
Para sempre.


02JANEIRO2014

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