segunda-feira, 6 de agosto de 2012

INOCENTE SORRISO



Tenho o poder tao triste de observar a vida.
Estas ambiguidades sao crueis... assim.
Assim, enfrentando o que a Beleza realca.
Assim, demonstrando o desfalecer humano,
o corpo que envelhece sem retorno e sem vontade.
Enfrentando o vento da idade, de pe firme.
As desculpas em algo e tanto, de que nao temos culpa...
Porque e o tempo... porque e o tempo que passa.
Degradar de lucidez aparente e incisiva,
faz-me acordar em respeito a idosa Sabedoria.
A penumbra da vida que observo, mastiga-me
pacientemente, a perspectiva a que nao escapo.
Sem panico... sem qualquer medo, mas curioso.
A idade... O tempo... A nostalgia do passado,
que tentamos sempre presente... maximizar.
A minha admiracao nao se revela em pena,
mas ajuda, por respeito a dor de ossos gastos,
de cansacos irreversiveis, onde so a Alma
permanece jovem, como antidoto do dia seguinte.
O renascer individual, em cada sorriso
que comprometido e banal, serve de afago
sem que toque face gasta e enrugada,
que em ternura de respeito, aceita esta caricia.
As rugas do tempo, caem da porta seca
que ja nao aguenta mais, em tinta que se desfaz...
Assim se transforma a pele e a saudade.
O reencontro que a esperanca rega, fertilidades
que reencarnamos em jardins paradisiacos,
com a vontade extrema e desesperada,
de quem amamos ha tanto tempo...
Mas no final, tudo o que de desesperante exista,
desaparece em forma purificada e simples...
Pela melhor terapia, contra a idade e tempo,
uma lagrima de alegria e bencao propria,
no  inocente e simples sorriso, de uma crianca.


06 AGOSTO 2012

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