quarta-feira, 8 de junho de 2016

SOU O QUE SOU





Ai, a origem das coisas...
Será dor?
É uma fragilidade que me atrai
Quando a madrugada me acorda.
O íntimo dos ínfimos
O medo de estar bem,
O que quero ser e sentir?!
Tento que os dias sejam longos,
Tento fazer sentir segurança
Em tudo o que me iguala à vida.
Há um desleixo essencial,
Não prematuro, nem inerente
Que é sentir que estou salvo.
Salvo de mim próprio,
O tal ser que é estranho,
Que se torne indefinido
Pelas definições predispostas.
O que sinto, é isto.
Um vazio uterino,
Que me faz sentir o amor,
Tão puro como pura é a existência.
Sinto umbilicalmente a razão!
O poder de ser simples,
Como simples é estar aqui.
Só me doem as palavras,
As que fogem do real,
A incerteza da certeza,
O privilégio da dúvida!
Já não quero saber!
Sinceramente, não quero saber!
Dói-me a inércia,
Que no fundo é isto.
Serei solidário com a negligência?
Provavelmente sim...
Chego à conclusão da vida,
Um absoluto pensar da realidade
Um tempo onde o desperdício é fatal.
Mas existo.
Como todos.
Como os que regem as leis,
Que me aclimatizam o frio da vida.
Sou o que sou,
Não posso deixar de ser isso!



08JUNHO2016

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