domingo, 26 de junho de 2016

SER LEVE É ESTE PESO





Desvio de areia solta,
Água pelo meio
Como um rio.
Não é rio,
Não é margem
específica que me tormenta.
Nem tempestade.
Não é nada específico!
Talvez me motive
A hégira suave,
Sem que me sintam a falta.
É uma mão cheia
De grãos de areia,
Que se me escapam.
É a metáfora.
A vida de primor
Sem a obra-prima.
Serei eu obnóxio,
Por submisso ou insubordinado?
Não quero o obséquio
Da facilidade frágil.
Quero a sarna
De uma malícia inteligente.
Tanto,
Como pouca é essa gente.
É a salinidade que corroi,
A beleza deste bronze,
Desta complicada figura e
Escultura de toneladas.
Ser leve é este peso.
É não ter medo,
É ser teso.
Tudo é o que é,
Ou terá mesmo de ser!



26JUNHO2016

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