segunda-feira, 14 de setembro de 2015

SEMENTE DA FELICIDADE





Não há muito ou pouco, que
Me induza mudar o comportamento.
Não há tudo, não há nada, que
Me materialize a insuficiência.
Sou puro.
Sou duro.
Sou o que tenho de ser,
Sem a falsa intensidade,
A moleza, o freio que,
Podia oferecer facilmente.
Ofereço tudo!
Entrego tudo!
Só não tenho capacidade, de
Ser cretino em fingimentos.
Nada me custa como o fim.
Finais são indesejáveis,
Pela crueldade imediata.
Mas a vida continua,
Com espaços por criar,
Com espaços por preencher e,
Porque ainda estou vivo.
Há um "como nunca",
Há um "seria melhor",
Há um "tenho pena, mas...".
Há tanta coisa que,
Espremida a ocasião,
O suco é a consciência.
E eu tenho-a certa. E limpa!
A Felicidade, é a semente,
Que me fez nascer tantas vezes.
As sementes não acabam,
Apodrecem os rebentos,
Morrem de velhos,
Morrem por falta de alimento,
Desaparecem.
É aí que começa outra vida.
Uma nova semente,
Um novo rebento,
Beleza nova,
Alimento infindável.
Recomeçar.
É bizarra a vida!
Tantas as mudanças,
Tantas as perdas,
Tantos desperdícios de Felicidade.
O bizarro toma forma,
O abstrato reverte em realismo,
O caos retoma a norma,
Eis o poder da vida!
E como te amo, vida!
Como te amo!
E vivo.
E vou viver,
Enquanto o corpo quiser.
A Alma,
Ultrapassa o efémero e,
É nela que existo.



14SETEMBRO2015

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