Fico desfeito comigo próprio,
Quando me apercebo da insegurança dos fins.
Falta-me a saudade.
Falta-me a saudade, porque não preciso dela.
Mas falta. É uma virose impossível de cura.
O estar no meu país, na minha cidade,
É um contracenso de emoções,
Como guerra hormonal,
Onde a inteligência peca por existir,
Onde as sinapses se confundem,
Já não expandindo o édito da vida.
Estas palavras podem cheirar a negatividade,
Mas eis o tal contracenso, porque não são!
São deslumbre, quase espanto do previsto.
A originalidade, tem este dom de não o ser,
Porque é baseada num sonho ou póstuma realidade,
Que remetem o novo e original, a um "deja vu"
Quase extra sensorial, de uma magnitude única.
A nossa magnitude e hercúlea força de amar,
De sentir o fim da falta, e reagir indecentemente.
É isso. Quase indecente, esta sensação estranha.
Todas estas "coisas" me fazem parar no tempo.
Neste meu tempo tão e muito próprio,
Quase doentio de exacerbância e regozijo.
É a vontade expressa da conquista realizada.
Quase que perda de gozo por falta de objectivos.
Tudo loucura própria, mas sinto. É doidice aguda.
Eu sei que falo comigo, enquanto as linhas saem...
Peço desculpa, mas não tenho que pedir desculpa!
Este é o meu Eu, entregue a vós. Sem voz,
Mas com os gritos infernais do paraíso.
E eu amo estes paradoxos como ninguém!
Não sei que diga, porque já disse o que tinha a dizer.
Sou feliz, por ter e por falta. É um vírus próprio,
E é por isso que não existe qualquer antídoto,
De mim, para mim, nem comigo para ninguém.
Amo a vida. Este é o momento Vida!
Ser vivo e ser feliz, é a razão em estar "aqui"!
29SETEMBRO2015