É recambulesco o presente.
Dialogo comigo permanentemente.
A vida é uma eterna mudança,
criada em pouco e em muito,
desde que nasci e fui criança,
até este estranho estado adulto.
Já senti o Purgatório de Dante,
sinceramente, só um doido permanece.
Posso ter uma boa dose de louco,
mas de doido, revelo-me pouco.
Vou mudar!
Ó Deus e Diabo, vou mudar!
Estão os dois presentes,
o que no fundo, por estranho que seja,
me dá um gozo difícil de explicar.
Só há um peso e medida certas.
O pêndulo numa balança,
que me vai equilibrar o futuro.
Sou eu o futuro!
Sózinho.
Sózinho, tal como agora.
A ausência deixa de fazer falta.
Já não me faz falta!
Morreu algo cá dentro!
Devagar, intenso, efémero!
Sinto uma explosão do Eu!
Estou certo.
Ó Deus e Diabo, se estou certo!
Ficam memórias, poucas.
Não há morte que não encarne,
mesmo vivo já morri, mas
definitivamente, renasci!
13AGOSTO2014
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