quinta-feira, 9 de agosto de 2012

OLIMPIADAS 2012



Observei movimentos tao loucos como estranhos.
Alem de poder dizer que o estranho, alem de bom
nao e sinonimo de loucura. As gentes e as mentes...
O crepitar de bandeiras olimpicas, os sorrisos sinceros
a harmonia do mundo sedento de vitorias simples.
Uma cidade repleta de intensidade criativa,
de palavras que nao se entendem sem traducao,
mas que a paz transforma em comunicacao globalizada.
Tenho a historia nas maos... o relatar humano
na admiracao do poderio fraco de quem nao sente.
Um biliao de almas divididas em pixels
congregados na hora incerta, mas comum.
O fantastico da globalizacao que me faz acreditar.
A desilusao que tenho na possibilidade perdida
de utilizar os meios, em prol do finar da fome.
Mas admiro... admiro o calor homogenizado
de centenas de povos e culturas diferentes.
Ao sair a rua, todos os dias, procuro...
procuro o sorriso da pele estranha que sorri,
da linguagem que nao conheco... do mundo, aqui.
Perco-me em multidoes que fecham transito.
No sorriso do caos pacifico, e vontade de o criar.
Vejo em poucos dias uma atmosfera unica,
que muito naturalmente nao verei novamente.
Olimpiadas humanas, no sucesso dos povos.
Harmonia condicionada na vontade dela propria.
Um brio de almas calmas, como a minha... que sente,
a evolucao civilizada de povos que se unem.
Um sorriso que me ficara eterno, e inesquecivel.
Que Olimpia nunca faleca, nem a chama se apague.

09 AGOSTO 2012


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

ENCONTRO COM A SAUDADE



Tenho esta folia, que me nao sai da mente.
Hoje... vou encontrar-me com a saudade.
Ja sorrio so pelo abraco da amizade,
pela inquietude arrepiante do amor,
pelo caminho que encurta a cada hora que passa.
O tacto e o sabor dos beijos, que ja sinto...
Um palato que me eleva, em Soberba de sentimentos,
a unica funcao egoista que o meu corpo exige.
Rezo no encanto, na feliz altura de um abraco.
O sentir aveludado da creatividade, absorve
todas as minhas tentativas de disfarce...
Nao consigo disfarcar o que sinto, sou fraco
na forca da minha vontade... nao me sei calar.
Mas um beijo... aquele proximo beijo,
sera sempre a energia do tempo que me resta.
O que de tao simples me torna alegre e feliz,
na carne mole e humida de labios famintos,
que no toque, me transformam e enchem a alma.
Genuino, sera equivalencia do passado.
Ambicao, sera certeza do presente proximo.
Acordar assim, quente de espirito activo
na prepotencia do Sol que me aquece as entranhas,
tem o conluio da harmonia interna, que espreguico.
Um pouco de tudo, me preenche espacos vazios
adormecidos em distancia agreste que conquisto.
Um toque de pele... o cheiro... um beijo.
Um encontro com a saudade.

08 AGOSTO 2012

terça-feira, 7 de agosto de 2012

RENASCER



Nascer de novo...
O sentimento e de estranheza, nada mais.
Mao me sinto vandalizado por nada...
Desdenho o que tenho de ignorar.
Absorvo sofregamente o que amo.
Entrego com intencao, o bem que me resta.
Nao sera por isso que quero nascer!
Apenas uma nova jornada... renascer.
Olhar a minha rua com visao diferente,
ouvir-me em voz que nao reconheca,
olhar-me ao espelho e sorrir pela diferenca.
Nao estou cansado da minha imagem.
Nao tenho arrependimentos, pelos erros
que cometidos, me deram a alianca do saber.
O Mundo cansa! A Vida alem de boa,
nao me deixa a sensacao divina,
que por ser vivo, tambem nao sei se quero.
Nao me sinto em purgatorio de duvidas,
nem em tresmalhar de ideias indecisas.
Nao me sinto em paraiso de sentimentos,
nem em loucura desmedida de prazeres.
Sinto apenas que nao...
Sinto apenas que sim...
Um talvez enorme conciso, cheio de certeza va...
Renascer sera, mesmo neste corpo
mesmo com a mesma alma, um sopro
onde a frescura do vento, acorda a fase inanimada.
Os condimentos e particularidades estao presentes.
O desejo renascido, renova-se todos os dias.
A dadiva de mais um passo em frente,
sera a solucao deste impasse adormecido.
Fechando os olhos, quero e vou... renascer.


07 AGOSTO 2012

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

INOCENTE SORRISO



Tenho o poder tao triste de observar a vida.
Estas ambiguidades sao crueis... assim.
Assim, enfrentando o que a Beleza realca.
Assim, demonstrando o desfalecer humano,
o corpo que envelhece sem retorno e sem vontade.
Enfrentando o vento da idade, de pe firme.
As desculpas em algo e tanto, de que nao temos culpa...
Porque e o tempo... porque e o tempo que passa.
Degradar de lucidez aparente e incisiva,
faz-me acordar em respeito a idosa Sabedoria.
A penumbra da vida que observo, mastiga-me
pacientemente, a perspectiva a que nao escapo.
Sem panico... sem qualquer medo, mas curioso.
A idade... O tempo... A nostalgia do passado,
que tentamos sempre presente... maximizar.
A minha admiracao nao se revela em pena,
mas ajuda, por respeito a dor de ossos gastos,
de cansacos irreversiveis, onde so a Alma
permanece jovem, como antidoto do dia seguinte.
O renascer individual, em cada sorriso
que comprometido e banal, serve de afago
sem que toque face gasta e enrugada,
que em ternura de respeito, aceita esta caricia.
As rugas do tempo, caem da porta seca
que ja nao aguenta mais, em tinta que se desfaz...
Assim se transforma a pele e a saudade.
O reencontro que a esperanca rega, fertilidades
que reencarnamos em jardins paradisiacos,
com a vontade extrema e desesperada,
de quem amamos ha tanto tempo...
Mas no final, tudo o que de desesperante exista,
desaparece em forma purificada e simples...
Pela melhor terapia, contra a idade e tempo,
uma lagrima de alegria e bencao propria,
no  inocente e simples sorriso, de uma crianca.


06 AGOSTO 2012

domingo, 5 de agosto de 2012

COMO TODAS AS ALMAS



Na destreza do espirito que me acolhe a alma,
existe a desenfreada pureza que nunca terei...
O mimo da vontade, consome as probabilidades
tao poucas, afunilando o escoar daquilo que penso.
Os momentos... a forca que me surpreende,
sempre que necessario, surge assim... inerte, mas viva.
Particularmente, insisto pelas proprias consequencias,
na causa directa em cada questao impondo-me a mim mesmo .
A felicidade e tao diversa, como uma noticia permanente.
Sempre a mao de quem precisa do sorriso certo,
apesar de regozijos tensos e duvidosos, na solidao.
Um cavalo alado, que o dorso me afaga a pele
a cada bater de asas infinitas, no lazuli do ceu.
Romantizar o que e belo e criar isso mesmo,
mesmo que so o sonho realize o que imagino,
sem particularidades reversas ao meu tacto...
Mas que veja e sinta, que profane na atitude imediata,
com a mesma profundidade do sexo, que insisto seja unico.
A alma que eu sinto nao deixa de pular hilariante por mim,
mesmo sem razoes praticas ou indefinidas, apenas o prazer.
Pelo prazer de o ter... pela diferenca humana.
Uma alma provida de inteligencia, que me torna
unico, como a minha impressao digital... inigualavel.
Como todas as almas...

05 AGOSTO 2012

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

NAO QUEIMEM OS LIVROS



Nao desconfio da coragem como forma.
Tenho medo da queima dos livros,
por fogueiras ateadas em cobardia extrema.
Vi e li historia abominavel, como o odio.
Que nao sirva de exemplo, nem de impulso!
Mas nao queimem os livros... limpem.
Limpem o po das palavras que estagnaram.
Desenhem pequenas letras, em arte medieval,
incrustando o ouro que o nao e, mas brilha.
Fiquei devoto a esta religiao tao comum,
como todas as outras juntas... a leitura.
Sei que nao me chega o tempo, e lento...
Servir-me-ei do vacuo que me atrai,
por cada folha virada, nas frases que faltam.
Nao faz sentido a ignorancia consciente.
Nao faz sentido o menosprezo a Sabedoria.
Semeio a vontade irreverente e irreversivel,
de acumular mais livros... de le-los quanto possa.
Nao os quero ver queimados, abusados e tristes.
Deus que o quem seja, mora dentro desses espacos
que nos preenchem almas e espiritos na arbitrariedade
e benevolencia da dialetica... a duvida!
Alternativas de anseios e premios por conquistar,
sao descritos em imaginarios complicados,
tao complicados que fluindo os olhos por linhas certas
simplificam interpretacoes e certezas particulares.
Nao deixem queimar os livros... outra vez.
Que os incendiarios se danem e queimem
na fogueira igorantemente ateada... que cheire a carne.
A paixao que tenho, nao imponho...
Mas imponho que o livro nao morra queimado.

02 AGOSTO 2012

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O SENTIDO DA MINHA VIDA


O sentido da minha vida...
Neste copo cheio, revejo...
Se penso no passado, serei morbido.
Se penso no presente, serei estranho.
Se penso no futuro, serei desilusao.
Nao penso em nada...
Nao penso que tenha de o fazer.
Penso so em mim sem egoismo.
Penso em quem amo sem obcessao.
Penso pouco, neste preciso momento...
O sentido da minha vida...
Sem duvida que ser contemporaneo,
nao implica ser abstrato ou anti-social.
Abstrato sim... acho divino.
Anti-social nao... acho estupido.
Ser revolucionario nao implica o caos.
Sou revolucionario apela inteligencia!
Anti partidario, mas com ideologia.
Penso... logo se existo, actuo.
E actuo aqui... em letras e frases.
Fracas de poder, mas na minha imensidao.
Vomito o que me adoece... por frases.
Borrifo-me para criticas... nao me sustento delas.
Alem de que qualquer critica,
mesmo negativa, nao sera ma...
sera forma de reconhecimento,
no apurar da minha escrita.
O sentido da minha vida...
Sera por assim dizer... isto!
Umas palavras de copo cheio...
Uns dizeres bebidos em consciencia...
E Eu... o maior cagativista do mundo!

01 AGOSTO 2012