Se ser é o que sei
Sonho como nunca sonhei
Sem a avareza do pouco
Porque o tanto e o tudo
É o somatório do nada.
A simplicidade é dorida
Por uma de tantas dores
Que escolhidas, são tempero
Numa tijela partida
De faiança fina
Que greta por greta
Nada agarra. Partida.
Ida, escorreita
Sem prazeres desfeita
Corrosiva
De pena que se me dá
Na alegria do sorriso desfeito.
Antiguidade genuína
Valor perdido pelo defeito
Um dia primo, agora sem jeito.
Ardi na argila,
As quantidades eucalípticas
De basa incandescente.
Barro moldado de lucidez
Porcelana imitada
De um continente que não existe.
Existo eu,
Dentro do círculo
Permanente, por goemancia
E geometria personificada
O resto do que seja...
Espero que sim
Que não seja talvez
Porque só ao ser eu entendo
Sendo
O que o ser
É!
01NOVEMBRO2016
Sem comentários:
Enviar um comentário